domingo, 15 de outubro de 2023

Minha vida na Nova Zelândia

Como 'e a vida de um imigrante na Nova Zelandia? Essa 'e uma pergunta interessante, que eu vou responder do meu ponto de vista e perspectiva, mas que com certeza nao se aplica a todos os brasileiros imigrantes. Quando eu cheguei, (lembro muitissimo bem, uma quarta-feira) j'a comecei a procurar emprego na minha area (musica) pela internet. Achei um site muito bom com anuncios de vagas de emprego (seek.co.nz) e comecei a mandar emails para todas as vagas na minha area. Na propria quarta-feira me candidatei para uma vaga e consegui uma entrevista para o sabado. Era uma vaga de professora de piano numa escola de musica. Meu ingles dava so para me virar, mas de alguma forma, consegui o trabalho e ja comecei a trabalhar dando aulas no domingo. Na epoca, (2017) eu recebia NZ$24 dolares por hora, mas eu estava feliz em conseguir meu primeiro emprego na mesma area em que eu ja trabalhava no Brasil. A escola tinha muitos alunos, e se eu quisesse, poderia trabalhar ate 7 dias por semana. Durante a semana, meu horario de comecar a dar aulas era 3.30 da tarde e normalmente eu terminava 8.30 ou 9 da noite. Aqui na Nova Zelandia nao existe periodo da manha e periodo da tarde para escola das criancas, todas as criancas entram as 9 da manha e saem as 3 da tarde. Trabalhei com essa escola por quase 2 anos, ate que mudei para outra escola que chegou a me oferecer $35 por hora. Depois dentro dessa mesma escola consegui uma promocao e meu salario aumentou para $55 por hora. Eu fiquei trabalhando nessa escola ate depois da pandemia de COVID, quando pedi demissao por descobrir que a escola cobrava muito mais de $100 dolares por minha hora e nao queria aumentar e nem negociar meu salario. Hoje em dia, trabalho na Universidade de Auckland como professora de piano, musica de camara e acompanho os alunos nas provas de final de semestre. Tambem tenho meu estudio particilar, na sala da minha casa onde dou aulas de piano. Fora isso, faco varios trabalhos com a Auckland Phillharmonia Orchestra e tenho sempre uma lista de caches e lugares para fazer concertos. Varios alunos dessas escolas em que trabalhei vieram fazer aulas particulares comigo. A maioria ama ter meu cachorro no comeco e final da aula, eles querem dar petisco, brincar um pouquinho, e depois correm pro piano. Como disse, essa 'e a minha realidade. Nao digo que de todos que vao imigrar, vao encontrar um trabalho na mesma area que atuavam no Brasil, nem na mesma grau de carreira... O que quero dizer? Quando cheguei, apesar de encontrar um trabalho na mesma area que eu ja atuava no Brasil, a primeira escola estava longe de ser o mesmo grau de carreira que eu considero que ja tinha no Brasil. Mas eu aceitei mesmo assim. Eu sempre creio que coisas melhores vao aparacer, e elas aparecem mesmo.

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